quinta-feira, 31 de maio de 2012

Método da Meditação (Adhemar Ramos ... saudoso Mestre!)


Horário: Todos os horários reais entre 3h00 da manhã e 22h00 da noite são válidos, mas os melhores horários são ao redor de 6h00, 12h00, 18h00 e 20h00, pois muitos Mestres e Adeptos realizam meditação e práticas espiritualistas nesses horários, o que fortalece uma possível canalização com os mesmos.

Posição: Escolher a postura que proporcione melhor conforto físico: Padmâsana, ou postura de Budha onde o oriental consegue ficar horas em posição cômoda, sem se cansar, mas para nós ocidentais é difícil;Samanâsana que consiste em sentar com as pernas cruzadas e com as mãos descansando sobre os joelhos, postura que fazemos ao sentarmos no chão; ou Purâsana, a mais indicada para nós ocidentais, que é sentar confortavelmente em uma cadeira simples, com a coluna bem na vertical e com as mãos sobre as coxas.

Condições: Roupas naturais, leves, soltas, sem nada que aperte ou interfira na circulação. Estômago vazio ou com alimentação leve. Local arejado e o mais silencioso possível de acordo com horário de menor ruído.

Método Prático
Complemento do Decálogo (YAMA E NIYAMA)

1.  ÂSANA
Sentado com a coluna bem na vertical, feche os olhos e solte todo o corpo. Comece a relaxar, a acalmar o corpo físico até não sentir mais o próprio corpo. Coloque sua consciência em cada parte do corpo durante alguns segundos, solte e relaxe a parte do corpo até não a sinta mais, até que fique adormecida. Mude a sua consciência para outra parte do corpo, deixando a parte anterior amortecida. Comece colocando sua consciência nos dedos dos pés, relaxe e amorteça os dedos dos pés. Agora relaxe os calcanhares até não senti-los mais. Relaxe os tornozelos. Solte e amorteça os músculos, as batatas das pernas. Solte e relaxe os joelhos. Amorteça as coxas. Solte os quadris não sentindo mais as pernas. Solte e relaxe os dedos das mãos. Relaxe as munhecas. Solte e relaxe os antebraços, os cotovelos, os bíceps, procure não sentir os braços. Solte a região pélvica, os músculos da barriga, solte a coluna começando por baixo e relaxe as costas. Relaxe o peito, os ombros procurando não sentir o tronco. Solte e relaxe o pescoço, a nuca, a cabeça. Solte e relaxe os maxilares, o queixo, solte a boca. Solte o nariz, solte os olhos, as sobrancelhas. Solte e relaxe a testa, o couro cabeludo e procure não sentir a cabeça. Procure não sentir o corpo, observe se está completamente adormecido. Se existir qualquer parte do corpo não adormecida, coloque a consciência nessa parte, solte e relaxe e retire a consciência para adormecer essa parte. Fique alguns instantes sentindo o corpo físico adormecido.

2. PRANAYAMA
Com o corpo físico adormecido, acalme agora o seu corpo vital. Mentalize prana, a energia vital, como pequenos glóbulos de cor rosa-violácea pululando em todas as direções, existentes junto com o ar atmosférico.Inspire lenta e profundamente durante cerca de 5 segundos mentalizando prana, os glóbulos rosa-violáceos entrando junto com o ar nos pulmões. Prenda a respiração 5 segundos, mentalizando a energia prana rosa-violácea sendo absorvida internamente. Expire lentamente durante cerca de 5 segundos, mentalizando os glóbulos de vitalidade saindo esbranquiçados, sem cor. Com os pulmões vazios durante 5 segundos, mentalize prana rosa-violáceo nutrindo e acalmando sua vida, seu corpo vital. Repetir sete (7) vezes o ciclo quaternário completo. Fique alguns intantes sentindo o corpo vital nutrido e calmo.

3. PRATIAHARA
Com o corpo vital relaxado, o sistema nervoso fica amortecido, e apague agora os 5 sentidos. O tato já está amortecido, com o relaxamento do corpo físico, e se alguma parte do corpo incomoda, coloque a consciência nessa parte, solte e relaxe até não sentir. Apague agora o seu olfato, e não sinta odores seus e do ambiente. Apague seu paladar, não sinta sabores e aromas na boca e na garganta. Apague agora sua visão, com os olhos fechados apague as imagens do exterior, e apague todas as imagens interiores, foque a visão na escuridão interior, na negritude total. Apague agora a audição, afaste os sons, sinta que estão diminuindo, se afastando, ficando fracos e distantes cada vez mais. Concentre a mente no campo escuro e procure ficar cada mais vez concentrado na escuridão Interior, e nessa concentração sinta a abstração da audição, o silêncio total.

4. DHARANA
Com o corpo astral amortecido, com os sentidos apagados, não pense, concentre a mente num ponto no meio da escuridão interior, concentre a consciência, a mente nesse ponto. Acalme a mente, afaste os pensamentos, e concentre a mente cada vez mais nesse ponto, sem pensar em nada, perceba a audição se afastando e apagando. Concentre a mente cada vez mais no ponto e sinta a mente leve, balançar, flutuar como um gás, solte a mente e a mantenha flutuando mas presa no ponto, até que pare de balançar, que acalme, que pare totalmente. Fixe a mente no ponto e observe com atenção total a escuridão. Sinta que você está no ponto, está na escuridão e atento apenas observe, até que entre em meditação. Este ponto, é o ponto de domínio da mente, de concentração da mente em um ponto na escuridão. Observe a tela escura, com atenção, até ver um ponto, pontos de luz, até ver imagens com pouca luz que começam a se formar na escuridão. Concentre a atenção nos pontos de luz e observe as imagens que vão se revelando na escuridão, cada vez com mais detalhes, mais nitidez, como a revelação da imagem de uma foto, até ver a imagem, a cena, o acontecimento completo. Solte então sua mente em direção à imagem e deixe-se levar na contemplação da imagem, na experiência, na viagem, acompanhe com a mente a subida, a descida, a entrada em portas ambientes, túnel, qualquer acontecimento, acompanhando mentalmente o que é revelado, apenas veja, registre, observe.

A meditação ou dhyana acontece automaticamente e começa ao chegar no final da fase quatro ou dharana, pois são fases interligadas. Assim, quando atingir a meditação, quando os conhecimentos ou revelações forem conseguidas, ou quando terminar o tempo previsto da medição (use um despertador para despertar no tempo de meditação programado e o coloque bem afastado para despertar com ruído fraco e não bruscamente). Para voltar, saia suavemente da meditação, coloque sua consciência na mente, depois nos sentidos, comece a ouvir, abra lentamente os olhos, coloque sua consciência na vida, no corpo físico e comece a mexer lentamente os dedos, os braços, as pernas e o corpo.

5. DHYANA OU MEDITAÇÃO
É a experiência que acontece imediatamente após o controle do corpo mental, concentrando a mente no ponto, na escuridão interior, como descrito na fase 4 anterior. Comece a meditar primeiro sem pensar em nada, até observar um símbolo, uma imagem, uma cena, um acontecimento revelado na meditação. Depois, que tiver algo revelado, use o que foi revelado na meditação seguinte. Realize as fases um, dois, três e quatro, e na fase quatro quando focar a mente no ponto na escuridão, pense no símbolo, na palavra, na imagem, na cena revelada, e mentalmente coloque tudo o que sabe sobre o ponto de meditação. Pare de pensar e observe o objeto de meditação e espere mais revelação. Foque novamente a mente no objeto de meditação, coloque tudo o que sabe mentalmente, concentre a mente no objeto e espere com a mente concentrada e atenta. Repita este ciclo até que aconteça a revelação, até que o Espírito, o Mestre Interior, a Consciência Superior comece a "me-ditar", a me jorrar conhecimentos superiores e consciência.
Outro processo, é escolher algo, qualquer coisa de interesse, para ser o objeto de meditação, para buscar respostas e conhecimentos, e usar como objeto escolhido de meditação da mesma maneira como foi mencionado acima para algo revelado na meditação.
Na meditação, podem ser revelados símbolos e conhecimentos superiores completos, conhecimentos angélicos relacionados ao passado, ao presente e ao futuro, pelo despertar do mental abstrato, o mental angélico. Podem ser revelados cenas e acontecimentos do futuro, que não podem ser mudados e que acontecerão exatamente como mostrados na meditação, como verdadeiras profecias, pelo despertar de budhi ou intuição. Podem ser revelados conhecimentos divinos, sagrados ou superiores, pelo despertar de atmã ou da percepção crística. As revelações acontecerão e serão compatíveis ao seu nível de consciência.

6. SAMÂDHI
É o estado que gradativamente a meditação permite alcançar. É o estado de supra consciência, é a integração com a divindade, é o encontro com nossa realidade, com nosso Eu Interior, com nosso Cristo Interno.Consegue-se a sabedoria total, liberta-se da dor e da ignorância, ama-se a tudo e a todos, e atinge-se o próprio estado de ser da divindade, funde-se com Deus. É o estado máximo do ioga, é o estado onde dizemos"Om Mani Padme Hum", "Ó Jóia Preciosa do Lótus!" - "Eu sou Tu e Tu és Eu, Oh! Mestre". É um estado de dupla personalidade, onde somos ser humano e Deus ao mesmo tempo. Um estado de êxtase, de Nirvana ou de felicidade indescritível em linguagem humana. É ser o próprio Cristo, Iluminado, a Essência que animou todas as nossas vidas e experiências evolutivas, é a integração total com o próprio universo, com Deus. É estado onde temos duas consciências simultâneas, a de Criador e a de criatura ou personalidade.

Um forte abraço e conte sempre comigo no caminho da busca da verdade e do auto-conhecimento.

(Prof. Adhemar Ramos)

Minha homenagem e agradecimento a este mestre especial, inteligente, humano, simples, carinhoso, gentil e prestativo... foi muito bom ter sido iniciada na Meditação, na Serra do Roncador - Nova Xavantina. 
Abra nossos caminhos,  mestre !!!

Um comentário:

  1. Boa tarde!
    Só uma obs, quando assisti o vídeo que fala sobre o melhor horário pra meditar, o profº Adhemar explica que o horário das 22h00 até às 03h00 da manhã, são horários usados pela magia negra.E quem fizer yoga nesse horário, estaria entrando em sintonização com forças negativas.
    Desculpa-me, só quero ajudar.

    ResponderExcluir