quarta-feira, 23 de maio de 2012

A doença como linguagem da alma

O organismo dá sinais que evidenciam o problema antes que ele se manifeste. ‘Percebê-los nem sempre é fácil, pois exige olhar para dentro de si’, afirma Susana de Albuquerque Lins Serino, médica e psicoterapeuta de São Paulo que trabalha com psicossomática (o estudo das influências psíquicas nos problemas orgânicos), Muitas vezes, basta notar as pequenas contrariedades do dia-a-dia para descobrir o que não vai bem. O estado emocional fragilizado pode até abrir espaço para ataques de agentes externos, como vírus e bactérias.

‘Não existe cura se não tentarmos identificar dentro de nós o que está errado e lutar para resolver o problema’, ressalta a terapeuta Susana Serino. ‘Ficar doente é uma oportunidade de conhecer e encontrar nossa própria capacidade de cura’, conclui. Saiba como funcionam as relações entre as partes do corpo, os sentimentos e as doenças mais comuns, segundo o médico e psicoterapeuta alemão Rüdiger Dahlke, autor dos livros “A Doença como Linguagem da Alma” e “A Doença como Símbolo” – Pequena Enciclopédia de Psicossomática (ambos da ed. Cultrix).

ALGUNS EXEMPLOS:

COLUNA – todo peso do corpo e por extensão do mundo é sustentado pela coluna. Se você agüenta um fardo extra , como uma responsabilidade que não deveria ser sua, é a coluna que sofre. Quando nossas crenças são abaladas, esse sistema de sustentação do corpo enfraquece. Quem anda com as costas curvadas e o rosto voltado para o chão, mostra desgosto em viver e sentimento de inferioridade. Para encarar a vida de frente e olhar para cima, o primeiro passo é endireitar a coluna.

ARTICULAÇÕES: movimentos difíceis e dolorosos sinalizam dificuldade de seguir em frente em algum ponto da vida, ou ainda que o corpo pede descanso. Dores nas articulações são frutos de rigidez de pensamento, do bloqueio de manifestações de choro ou raiva por exemplo, e da negação de lidar com assuntos antigos, mas que causam incômodo. Quem acorda travado, sem condição de levantar da cama, pode estar exigindo demais do corpo que acaba providenciando o repouso forçado.

ESTÔMAGO: quem se preocupa de forma exagerada ou por antecipação e rumina ressentimentos está propenso a problemas nesse órgão, que recebe e processa as impressões vindas do exterior assim como faz com os alimentos. Uma das doenças mais comuns em executivos é a úlcera. Eles costumam ser obrigados a aceitar uma contrariedade atrás da outra no dia-a-dia.

INTESTINO: não é à toa que se diz que gente mal-humorada é enfezada. Intestino preso é sinal de raiva acumulada, tensão e falta de flexibilidade para deixar as coisas fluírem, por medo, timidez, ou dificuldade de perdoar. Já a diarréia, mostra a falta de capacidade de absorver informações e elaborá-las. Quem rejeita tudo o que se apresenta e não consegue assimilar novas experiências está sujeito a intestino solto.

(Stela Vecchi)

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