quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

A passagem...

Pensar sempre nas pessoas que já morreram não é bom.
Esses espíritos ficam mais contentes quanto mais rapidamente os esquecemos.
O espírito de um bebê que passou para o Mundo Espiritual não recebe aprimoramento no Plano Intermediário. Portanto, se sua mãe realizar maior número de boas ações no Mundo Material, mais cedo ele poderá entrar no Céu.
As crianças, em geral, vão para o Céu relativamente rápido porque possuem poucas máculas. Isto explica porque desde os tempos antigos a maioria das imagens de anjos é representada em figuras de crianças. Portanto, a mãe de uma criança falecida deve salvar tantas pessoas quanto possível, prestando serviço pela Causa de Deus.
Se a mãe fica pensando na criança o tempo todo, atrai o seu espírito ao Mundo Físico e isto impede a sua salvação. É um fato natural o homem lastimar a morte de seu filho, portanto isto não constitui um mal.
Diz-se no budismo que, quando uma pessoa morre, o seu espírito permanece na casa por 49 dias. Com exceção dos seres extremamente bons ou extremamente maus, que vão imediatamente para o plano a que pertencem, o espírito da pessoa comum vai para o Mundo Espiritual no qüinquagésimo dia.
Depois disso, é melhor esquecermos deles o mais rápido possível.
Não é fácil esquecê-lo rapidamente, mas só o fato de estarmos cientes disso já é bom.
No dia de aniversário de falecimento, por exemplo, é certo recordá-los.
Quanto à fotografia da pessoa falecida, é aconselhável não pendurá-la na parede logo depois da sua passagem, mas depois de dez anos de falecimento, já pode.
Deixe-me contar uma história a respeito de um discípulo de Buda, chamado Mokuren.
"Um dia, ele viu a sua mãe sofrendo no inferno. Fez o possível para salvá-la, mas ela não conseguia sair de lá. Assim, procurou Buda e lhe perguntou o que poderia fazer para socorrê-la. A resposta foi: "Basta esquecê-la". Mokuren fez o possível para esquecer sua mãe. Aproximadamente um ano mais tarde, ela já não estava mais no inferno. Foi então que ele compreendeu que havia errado todo o tempo em que tentou salvar sua mãe com suas próprias forças; viu que sua missão era a de salvar toda a humanidade, e que aquilo que Buda quis lhe dizer quando o aconselhou a esquecer sua mãe significava que ele deveria salvar todos os homens, esquecendo mesmo a sua própria mãe."

(18 de maio de 1948)

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