segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Unindo os filhos de diferentes casamentos...


Homem e mulher se apaixonam, namoram e decidem morar juntos. Só que ambos já foram casados e trazem filhos das relações passadas. É assim que nasce a ‘família mosaico’, termo usado por especialistas ao se referirem às configurações familiares do século 21. 

Como lidar com os desafios que surgem ao juntar as famílias? Abaixo, duas psicólogas dão dicas valiosas para os pais.

1 - Nada de pressa
Na maioria das vezes uma separação é muito traumática para os filhos e os tornam mais vulneráveis, mesmo quando em idade avançada. O ideal é que o segundo casamento não seja apressado. “Quando uma relação evolui rapidamente e o casal vai logo morar junto, não dá tempo para os parceiros conhecerem as diferenças um do outro, muito menos para as crianças se adaptarem à nova configuração familiar. Os ‘novos irmãos’ precisam aprender a conviver, a se gostar e se respeitar, e isso leva um tempo”, avisa psicóloga Angélica Amigo. 

2 - Enteado não é filho
O novo casal deve ter em mente que os filhos do parceiro não são seus. “A educação dos filhos é de responsabilidade dos pais. O padrasto ou madrasta não devem interferir diretamente na relação do parceiro com o filho, somente dar apoio”, sugere a psicóloga Mary Scabora, que só aconselha tal interferência quando a criança mora junto com o novo casal. “Os filhos dos dois lados têm costumes e culturas oriundos do antigo lar. É fundamental respeitar os antigos e gradativamente introduzir os novos”, completa.

3 - Regras de convivência
É preciso criar regras de convivência no inicio da formação da nova família, para garantir o bem estar a todos. “O casal deve evitar discutir ou brigar em relação a essas normas na frente das crianças, pois isso faz com que eles percam força perante os pequenos. Os companheiros devem respeitar a autoridade um do o outro”, aconselha Scabora.  

4 - Diálogo com os pequenos
O bom e velho diálogo é sempre a melhor maneira de ajudar as crianças a lidarem com as mudanças. “Os pais devem procurar entender e ouvir com cuidado as preocupações dos filhos, que são genuínas. Na maioria das vezes, sentem-se amedrontados e inseguros diante da nova situação. É inteligente usar o bom humor para lidar com situações que envolvem o ciúme”, diz Scabora. Angélica Amiga sugere que a família reserve a hora do jantar para ficar junta,  pois é uma ótima oportunidade dos pais conversarem com os pequenos.   

5 - Respeito acima de tudo
Os pequenos precisam ser respeitados para saber respeitar. “Criança é muito esperta. Se ela perceber que o novo companheiro da mãe não se interessa por ela, irá rejeitá-lo. Ela precisa ser conquistada e ganhar a confiança e o respeito do adulto”, explica Amigo. Além disso, os pais devem estimular a amizade entre os filhos (de sangue ou não) e evitar criar situações que reforcem a rivalidade, a competição, entre eles. 

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