Um certo dia, veio um jardineiro, cavou um buraco e lançou a sementinha dentro.
Ela ficou a princípio muito triste, achou que era seu fim, depois ficou muito brava com o jardineiro por tê-la colocado em um buraco escuro e apertado.
E o tempo foi passado e os dias seguindo e a sementinha brava se recusava a aceitar sua nova condição.
Até que um dia cansada de tanto esperar, a sementinha resolveu abrir mão da teimosia.
Desistiu de sua braveza e se entregou para a sua tristeza, chorou e chorou e achou que a tristeza era tamanha que não ia agüentar, foi quando sentiu seu peito rasgando de dor e se deu conta de que estava rompendo sua casca. E ela que se achava ‘semente’ percebeu naquele momento sua verdadeira identidade.
A pequena semente não sabia quando foi colocada sob a terra, que aquela ‘noite escura da alma’ continha exatamente as condições necessárias para trazer à tona todo o seu potencial ainda não desperto. O jardineiro sabia que lançando-a sob a terra, nutrindo-a com água pura ela romperia sua casca em busca da luz do sol. A luz da consciência. Para o jardineiro colocá-la sob a terra não foi uma punição, nem uma forma de compensação por algo que tenha feito, mas o simples cumprimento da sua função. Aquela para a qual ela foi criada.
Toda vez que você estiver em uma noite escura da alma, lembre-se deste momento, lembre-se de que o Criador está te colocando na situação necessária para despertar em você um potencial ainda latente, desconhecido.
E esta é uma ação da Criação permeada de muito amor. Busque na sua alma a gratidão e a fé que tornam todas as experiências uma porta que se atravessa no caminho de volta para casa.
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