terça-feira, 20 de novembro de 2012

Liev Tolstói

"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo".
 
Há 102 anos, Liev Tolstói, uma das mais inquietas mentes da literatura, falecia na Rússia.

Conhecido principalmente pelas obras-primas "Guerra e Paz" e "Anna Karenina", Tolstói também é lembrado pelo pacifismo que pregou durante boa parte da vida, tendo entre seus admiradores Mahatma Gandhi, com quem chegou a se corresponder.
 
A mesma convicção e ideais o levaram a ser investigado pela polícia czarista e até excomungado pela Igreja Ortodoxa.
 
O estilo de vida simples, pacato e pouco luxuoso que buscava levar contrastava diretamente com o status de "homem mais conhecido da Rússia", conquistado com o impacto de suas obras. Junto a Dostoiévski, Tolstói é até hoje um dos autores russos mais conhecidos, lidos e estudados, integrando um verdadeiro exército de nomes que marcaram história na Literatura Russa no último par de séculos.

Com 82 anos, não resistiu à inspiração de fugir de casa e embarcou em um trem, abandonando a mulher, filhos, e uma vida na qual não via mais sentido. Viajando pelo país em vagões de terceira classe (novamente por pura convicção) acabou com um grave quadro de pneumonia, e veio a falecer em 20 de novembro de 1910.

No fim, muito mais do que uma fatalidade, sua morte foi um ato pleno de idealismo, vivido até as últimas consequências.

Por isso, onde quer que esteja, Tolstói está em paz.
 
 

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