terça-feira, 25 de junho de 2013

Menstruar ou não? Especialistas explicam os métodos e as consequências para o corpo

Em algum momento você já deve ter pensado: “como seria bom não menstruar”. Cólicas, inchaço e irritabilidade são alguns dos incômodos que muitas mulheres consideram desnecessários e insuportáveis todo mês. Para quem cansou de passar por isso, já existem opções saudáveis que interrompem o ciclo sem prejudicar a saúde. 

“Todas as mulheres podem parar de menstruar, principalmente as que têm sintomas como cólicas, TPM, hemorragias e anemias. As que não podem são aquelas que têm alergias a algum componente das medicações ou rejeições”, explica a ginecologista Daniela Gouveia, da clinica Vivid. Para escolher o melhor tipo de método, é necessário procurar um profissional, que avalia fatores como idade e propensão a engordar. "A receita não é igual para todas. As pílulas têm composições diferentes umas das outras e vão ser prescritas de acordo com as características de cada uma. Mulheres acima do peso, que têm um fluxo menstrual muito intenso, que têm hipertensão arterial, todos esses perfis são analisados minuciosamente pra evitar que, ao longo do uso, ocorram alterações desnecessárias. O que não pode acontecer, e que é comum, é que pegar a "receita da amiga" como uma solução”, diz o ginecologista Domingos Mantelli, pós-Graduado em Medicina Legal e Perícias Médicas pela USP. 

Deixar de menstruar deixou de ser um tabu entre os médicos, que concordam com o processo e afirmam que não há qualquer risco para uma futura gravidez. Para quem tem endometriose, os ginecologistas frisam que interromper o ciclo é mais do que uma opção, é quase uma necessidade. “Concordo e prescrevo, pois é sabido que não há riscos, apenas benefícios. A menstruação serve apenas para receber o embrião após uma fecundação”, diz Daniela. 

O número de gestações da mulher moderna é reduzido e, portanto, considera-se que ela tenha cerca de 350 menstruações durante toda a vida. Alguns estudos, como informa o doutor Mantelli, dizem que com a redução de ciclos elas ficam menos expostas às oscilações hormonais e a possíveis consequências, como o aparecimento de miomas --embora isso não queira dizer que não aparecerão. 

Os métodos

Para interromper a menstruação, pode-se recorrer a pílulas combinadas, com estrógenos e progesteronas, unicamente de progesteronas, injeções e o DIU, dispositivo intraulterino, de progesterona. O DIU é introduzido no útero no consultório médico e tem uma validade de cinco anos, fazendo cerca de 80% das mulheres pararem de menstruar. “Outro método muito usado é o implante de progesterona que é uma cápsula bem fina implantada abaixo da pele do braço e que pode ficar até três anos”, completa Daniela. 

O doutor Domingos diz que ainda é possível recorrer às injeções trimestrais, mas que elas podem resultar em ganho de peso. “Precisa de um acompanhamento para que esse ganho não seja excessivo e prejudique a saúde em outros aspectos”, indica.  O ideal, é procurar o ginecologista e conversar para chegar ao melhor método, que se adapte ao seu organismo e estilo de vida. 

(Naiara Taborda)

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