quarta-feira, 13 de junho de 2012

Estados de Consciência

“Só sei que nada sei.” Disse o filósofo, Sócrates. Na verdade, sabemos apenas o que nossa consciência pode expressar.

Consciência é o conjunto de tudo que podemos experimentar, perceber e lembrar. Casa mental. Inclui todas as primitivas reações, instintos, emoções, sentimentos e pensamentos. São as idéias próprias que identificam o indivíduo ou as comuns a muitas pessoas que chamamos consciente coletivo.

Existem diversos graus de consciência como veremos neste artigo. Inconsciência, subconsciência, consciência, superconsciência e onisciência.

A extensão de todo o saber está transmitida em livros, escritas, fitas, discos, filmes e arquivos de computadores, pela limitada capacidade de armazenamento do cérebro.

Evoluímos e trocamos informações para ampliar conhecimentos de muitas formas. Seres primitivos, como vírus e bactérias, trocam materiais genéticos. Insetos passam informações pela química dos cheiros. Muitos animais se comunicam pelas vibrações de sons os quais são imperceptíveis aos nossos ouvidos. Os grunhidos e gritos do homem primitivo foram aperfeiçoados nas linguagens escrita e falada dos nossos tempos. No futuro, poderá haver conscientização por energias mais sutis como transmissão de pensamentos ou telepatia. Já estamos ensaiando estas proezas, via mediunidade.

O grande veículo da consciência é o pensamento. Abastecidos pelas sensações e emoções, pensamos com qualidade e liberdade em todas as direções imagináveis. Não há quase limites para a mente que pensa. Mas, como espíritos iniciantes, emitimos um pensamento de cada vez e com muitas lacunas mal percebidas. Os intervalos entre as palavras da linguagem comum (como deste texto) são um exemplo disto. Quando fazemos mais de uma coisa ao mesmo tempo, geralmente usamos de automatismos inconscientes. Exemplo: dirigindo um carro, podemos conversar e ouvir música ao mesmo tempo, combinando atos cientes e automáticos.

Paramos de pensar com freqüência e é quase impossível ainda manter dois ou mais pensamentos simultâneos! Tudo isto por limitações do nosso cérebro, uma rede com cem bilhões de neurônios e cada um com milhares de conexões entre si. São limites da matéria.

Em essência e em espírito, livres do corpo material e mais evoluídos, poderemos emitir inúmeros pensamentos concomitantes, sem qualquer interrupção, mergulhando um pouco mais no passado, presente e futuro, sem delimitação temporal. Estes seriam aspectos de uma superconsciência. Mas ainda sempre haverá progresso, luz e conhecimento. Imaginemos um ser que soubesse de tudo e de todos (qualquer possibilidade, estática ou movimento, qualquer pensamento, intenção, luz, vibração ou radiação) em qualquer lugar, na eternidade passada e futura; este ser teria a maior consciência: a onisciência, um atributo divino.

Diante de um objeto simples como uma máquina, estamos vendo um conjunto de pensamentos e uma consciência que a elaborou. O que pensar da nossa casa espacial, a Terra, seu sustento, o Sol, amparado pela galáxia Via Láctea, num aglomerado local entre tantos outros, neste universo que está deixando de ser único! Que Consciência tudo isto soprou e mantém por todo além?!

Nossa consciência é muito dinâmica. Precisamos esquecer para mais aprender e selecionar aquilo que é mais importante. Se guardássemos tudo que nos vem, ficaríamos loucos. Muita luz ofusca. Tem que ser gradual. Esquecer para viver. Esquecemos tantas coisas de hoje, de ontem, de alguns anos, da infância e até de outra vida (esquecimento bendito não é?) para que a consciência presente continue sua marcha lenta rumo à verdade maior.

Ausência de lembrança é o estado inconsciente. Como há sempre a possibilidade de recordar tais situações (desta e de outras vidas) dizemos que existe um estado subconsciente. A Providência protege nossa consciência atual nos três tempos: passado – pela benção do esquecimento; presente – porque ainda não lemos pensamentos e futuro – quase sempre não revelado. Somos seres ainda frágeis para conviver com tanto saber.
 (Dr. Roberto Romano)

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