O sentimento de tédio funciona como uma luz amarela, como um aviso de "preste atenção". Por isso, quando ele aparece, é o momento de fazer um balanço pessoal sobre o que está acontecendo e procurar responder a perguntas vitais. O que faço faz sentido com relação ao meu plano de vida? Vai ao encontro das minhas expectativas? Eu vibro pelo que faço ou tenho a sensação de estar perdendo a minha juventude e/ou experiência enquanto trabalho?
"Quando a vida parece estar sem novidades ou desafios é necessário fazer uma reflexão. É preciso pesar se o incômodo é momentâneo, procurar oportunidades e tomar uma atitude que traga a realização", afirma a psicóloga Viviane Mourão.
Uma opção é usar o tédio como ponto de partida para uma ação de desenvolvimento pessoal. Segundo a mastercoach Flávia Lippi, vive-se num ciclo constante entre as zonas de conforto, frustração e sobrevivência. No entanto, um plano de vida, além de ajudar a transitar entre todas essas zonas, mantém as pessoas fiéis aos propósitos.
"Quando você não tem um plano, geralmente entra na zona de conforto, fica estagnado e dificilmente prospera e esse quadro, em algum momento, o leva para a zona de frustração", afirma.
Flávia diz que a chave para não estagnar é saber optar. Segundo ela, é preciso se questionar continuamente para saber o que se deseja, o que é necessário fazer para alcançar esse objetivo e qual caminho será percorrido até conseguir o cenário desejado.
"Não adianta querer sair (de um emprego) sem saber qual o seu propósito de vida. É preciso ter consciência sobre os desafios que se tem para poder criar um plano de ação", diz.
(O Estado de São Paulo - 05/ 08/ 12)
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