Drible as situações que podem prejudicar sua carreira
Evitar tratamentos íntimos e preservar o profissional é essencial para o ambiente
Depois de uma troca de olhares, aquela ajudinha providencial nas suas tarefas e alguns almoços ou convites para um café, o que era uma amizade de trabalho começa a se transformar em paixão. É aí que a excitação dos primeiros encontros se combina ao medo de como levar esse namoro sem atrapalhar as funções profissionais. Afinal, sua empresa aceita relacionamentos entre funcionários? Como se comportar para não afetar a sua imagem no ambiente corporativo? Dois especialistas no assunto esclarecem as questões:
Siga a política da empresa
Está com medo se a relação será aceita pelos seus empregadores? Fique tranquila. Segundo o gerente de treinamento e desenvolvimento de pessoas, Luciano Braz, do Banco Nacional de Empregos, a empresa não pode proibir os seus funcionários de se relacionarem. “Não há necessidade disso”, conta. “É de extrema importância que a empresa tenha normas de conduta, para se manter o respeito entre a equipe”, frisa.
O que pode ocorrer, no entanto, é a alteração de setores para não ocorrer conflitos entre o par e os demais funcionários, principalmente em casos nos quais os envolvidos estão em níveis hierárquicos diferentes e próximos. “Não é repressão, apenas não é indicado, para que não tenha conflitos como a equipe ou favorecimento”, diz. “É importante toda e qualquer comunicação com o líder, ele pode acompanhar o desenvolvimento e conduzir da melhor forma possível”, aconselha.
Ainda segundo Braz, o relacionamento amoroso deve ocorrer apenas longe do ambiente profissional. “Vivemos hoje uma era em que as empresas buscam profissionais que saibam dividir profissional do pessoal”, alerta.
Benefícios e desvantagens
Começar um namoro, até mesmo com um colega de trabalho, tem as suas vantagens. “A pessoa fica mais motivada, vai trabalhar mais feliz e a autoestima se eleva”, conta a professora e doutora de psicologia social da PUC-SP, Maria Cristina Gattai.
As restrições comportamentais devem ficar no espaço intimo do casal, mas saber separar o profissional do pessoal é o maior desafio. “Sabemos que é difícil, porém, deve haver muita maturidade do casal para lidar com a situação”, indica. Para a especialista, o relacionamento pode ir muito bem se souber diferenciar os momentos e espaços. “É essencial evitar tratamentos muitos íntimos, como apelidos amorosos, além de os beijos e abraços”, recomenda. “É importante também que o casal não se isole dos demais funcionários, e continue mantendo contato com os outros membros da equipe”, sugere.
Em casos de desavença entre o par, o melhor é manter o silêncio sobre o assunto. “Guarde os comentários para vocês. Exposição demais é um risco e caso haja um término a sua intimidade terá sido exposta”, lembra.
(Isabel Cleary)
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